Brasil tem oportunidades em cenário de mundo multipolar, mas precisa "arrumar a casa"

O atual cenário externo de tensões comerciais e geopolíticas gera incertezas mas também abre oportunidades que podem ser aproveitadas pelo Brasil, que pode ter novas escolhas em um mundo multipolar. A conclusão foi compartilhada pelo ex-secretário do Gabinete de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Ricardo Zúñiga.

Seria um engano, diz Zúñiga, dizer que o Brasil tem que escolher entre a China e os Estados Unidos. “Um efeito agora desse desmantelamento do sistema de alianças tradicional dos Estados Unidos é que agora o Brasil tem esse mundo multipolar que ele sempre queria. Ou seja, esse mundo multipolar implica que a China é outra escolha? Não, ao contrário. Eu diria que agora é o momento do Golfo”, disse ele, durante a 2ª edição do Summit Brazil–USA, evento realizado nesta terça-feira pelo Valor em Nova York. Lembrou que o Oriente Médio foi escolhido como um dos primeiros destinos de viagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa é uma mensagem, avalia, de que as coisas mudaram e “nós temos que nos adaptar”.

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